domingo, 10 de abril de 2016

ANA & JHON - DA PAIXÃO À DECEPÇÃO



Lá estava  Ana em sua vida pacata, sem saber mais o que é amor e conto de fadas.
Derrepente  surge Jhon, meio ressabiado, mas disposto a tentar.
E na velocidade da luz, viveram uma pequena/grande história de amor e de promessas.
Ana chegou a acreditar que poderia ser feliz ao lado de Jhon. Ele fez com que ela acreditasse nisso.
Como hoje tudo acontece muito rápido, o fim também chegou com a mesma velocidade e intensidade que o sentimento que uniu os dois.
Quando estavam juntos, mesmo que separados pela distância, mas próximos por conta da internet, o tempo parecia eternizar aquela história.
Juntos puderem dizer de seus medos e de suas esperanças.
Juntos sonharam...
Viajaram...
Tudo que os dois buscavam  em seus relacionamentos viveram:
Rir de filme engraçado juntos;
Fazer comida preferida e esperar cheirosa e cheia de planos para a noite;
Tomar banho de chuva juntos;
Viajar final de semana sem planejamento e parar em um lugar lindo e curtir;
Abraços sem pressa;
Beijos demorados;
Transar em lugar inusitado;
Planejar o que iriam fazer no carnaval;
Dormir de conchinha no fim de semana e se amar domingo de manhã e a tarde;
Tomar suco de canudinho;
Compartilhar planos e decisões
Comer pipoca juntos;
Essa foi a cantada mais direta que Jhon disparou e que encantou Ana:
Vamos comer a NOSSA pipoca juntos!
Se amar muito...
Ah!
E como se amaram!
Parecia que já se conheciam há anos...
O sentimento que os uniu era lindo...
Misto de amor, paixão e ilusão...
Quando se tocaram foi como se duas peças de um quebra-cabeça se unisse..
Encaixe perfeito...
Sintonia fina..
Ana tinha visto nele: O amigo, companheiro, o amante perfeito...
Jhon em muito pouco tempo tinha encantado Ana.
E aquela Ana  durona e sem sentimentos, que há tempos tinha perdido o sentido do que era viver uma relação bacana, do que era amor e paixão, se derreteu....
E se amaram enlouquecidamente, como se aquele fosse o único momento de amor que iria existir entre os dois...
E foi...
E como num conto de fadas às avessas a princesa adormeceu...
Jhon  que tinha se encantado pela inteligência de Ana e que não estava acostumado a viver tão intensamente e que a principio tinha amado e gostado de Ana, se assustou.
Se calou...
Sumiu...

Ana se viu perdida como se estivesse vivendo seu grande amor e viu que na verdade tinha caído no conto do último Amor, de se envelhecer juntos.
E se desesperou...
Toda sua inteligência, classe, poder de persuasão,  se transformaram na sede de ouvir de Jhon o que realmente tinha acontecido para o encanto acabar.
Jhon no auge de sua covardia a fez pensar que a culpa era dela.
Ana passou horas tentando descobrir
O que será que fiz?
Onde eu errei?
Onde falhei?
O que eu disse?
O que faltou?
O que ele esperava?
E as promessas?
E Ana Chorou....
Se culpou...
E o silêncio a fez chegar no seu limite...

Para se viver uma paixão tem que se ir até o fim!
O fim tinha chegado, Ana sabia disso...
Mas não queria deixar uma porta aberta para futuramente Jhon se sentir no direito de retornar para vida dela.
A decisão de fechar a porta tinha que partir de Jhon...
Foi ele que entrou e saiu sem dar explicação.
Ana então assistiu ao filme: Como perdeu um homem em 10 dias
E agiu
Fechou-se novamente...
Teve algumas atitudes propositalmente para que a decisão de fechar a porta fosse de Jhon...
E o fim chegou...
A porta se fechou...
E o que fica é o aprendizado de que Paixão e Ilusão andam de mãos dadas...
Jhon se apaixonou pela ilusão de que tudo seria do jeito que sonharam e planejaram.
A Ana por quem Jhon se apaixonou existe, mas não é perfeita...
É tudo aquilo e mais um pouco, mas já tinha esquecido como se é viver um amor...
Por isso se acostumou com:
Flores todos os dias
Doses de amor todas as manhãs, tardes e noites...
Por conta de sua ansiedade, acordou dentro de si, alguém que nem ela mesmo conhecia.
Aquela que além de não saber amar, mete os pés pelas mãos e coloca tudo a perder...
Ah|! Perder o que?
Não se perde aquilo que não se tem!
O Jhon por quem Ana se apaixonou nunca existiu!
Era um personagem...
Era apenas um teste e como ele mesmo disse:
Espero não decepcioná-la...
Nas entrelinhas já queria lhe dizer que era a própria decepção!
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Rosinéia Balbino - 10/04/2016




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